quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Sobre “cruzar fronteiras” e a tristeza dos que não viajaram

Istock Fotos
Há alguns anos, um colega de trabalho perdeu o pai. Quando o encontrei depois de sua licença, no auge dos meus dezenove anos, dei bom dia e fingi que nada aconteceu. Dentro da minha cabeça até ressoava uma voz – “diz alguma coisa”. Mas fiquei lá, estatelada, sem consegui falar nada. Nadinha, além de um “oi”. Parece insensível, mas pensa bem, que raios vou dizer? Quantos “meus pêsames” ele não deve ter escutado?