segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Leste Europeu: um roteiro pela Polônia – Varsóvia, Cracóvia, Auschwitz e Wieliczka

Polônia – Passado e presente em simbiose 

O país esbanja magníficas construções, muitas opções culturais e toda a vitalidade e efervescência de uma nação que se transforma e se redescobre

                                                               Por Regina Cazzamatta
            Texto publicado originalmente na Revista Viaje Mais! (Agosto 2015)
               A terra do compositor Chopin, hoje plenamente democrática e dona de uma das economias mais saudáveis e que mais crescem no bloco da União Europeia, olha pelo retrovisor os complicados tempos da Segunda Guerra Mundial. E quer que os visitantes também a veja assim, vivendo de corpo e alma no promissor século 21. Para isso, se exibe com sua melhor roupagem em lugares como a frenética capital Varsóvia e a joia do país, a linda Cracóvia, tomadas por praças reconstruídas tais quais eram nos anos de 1.300, bares com mesas ao ar livre nas quais moradores e forasteiros animadamente batem papo nos dias quentes e baladas onde os modernos varam a noite. Mas é mesmo o majestoso passado polonês a marca mais evidente do país, expresso nas magníficas igrejas e catedrais e nos palácios que pairam sobre colinas, tudo parecendo ainda respirar ares medievais.

Cracóvia – Uma cidade saída dos contos de fada 

Diferentemente do que ocorre em outras nações mais turísticas do Leste Europeu, como a República Checa e a Hungria, a cidade polonesa que mais atrai turistas não é a capital, Varsóvia. A grande pérola do país é Cracóvia, a 295 Km de distância. Atravessada pelo Rio Vístula, que serve de adorno a um ostentoso castelo, a urbe tem um cenário à la contos de fadas. E isso porque, ao contrário de Varsóvia, ela saiu quase ilesa da Segunda Guerra, já que os alemães voltaram toda atenção aos rebeldes na capital. Assim, a formosa Cracóvia é uma das poucas cidades da Polônia que mantêm totalmente a atmosfera e as construções originais de antes do conflito. 
Entre elas estão o castelo de Wawel, as 140 igrejas, as sinagogas do bairro Kazimierz e as inúmeras edificações convertidas em museus. Sem contar a mina de sal Wieliczka, que remonta ao século 13 e a qual, revelando esculturas de sal deixadas pelos mineiros ao longo dos séculos e até uma catedral de 327 metros abaixo da terra, também pode ser visitada. 
Mas nenhuma atração é tão emblemática quanto a Praça do Marcado (Rynek Glówny). Esse ponto nevrálgico de Cracóvia, de beleza fenomenal, está entre as mais lindas praças europeias. E nem é preciso estar in love para sentir o clima gostoso que paira por lá. Perambular pela praça, considerada a maior do Velho Continente, é um passeio super prazeroso. Repleto de cafés, restaurantes, carruagens, fontes, músicos, artistas e muitos turistas, o quarteirão é um cartão-postal de peso. No Mercado de Tecidos, uma edificação do século 16 disposta no meio da praça, são vendidas lembrancinhas tipicamente polonesas, como miniaturas de madeira, brincos de âmbar e jogos de xadrez ornamentados.
Outra caminhada bacana é nos subterrâneos da praça, que funcionam como uma espécie de museu. Ali, você verá escavações e vestígios da época em que Cracóvia era um importante centro comercial, sobretudo no século 16, e hologramas que reproduzem as rotas que partiam da cidade, assim como sapatos, roupas, moedas e utensílios dos mercadores. Dali debaixo nem parece que a praça é tão vibrante.

Também dá para sentir tal movimentação de camarote, isto é, do alto da Torre do Relógio que enfeita um dos cantos da praça. Ou do topo da torre da Basílica Mariana, outra construção imperdível no quarteirão e dona de um vistoso interior barroco azulado. 

Testemunhas da História 

A despeito da beleza e do movimento da Praça do Marcado, a grande atração de Cracóvia, pelo menos me termos de história, fica fora do centro antigo: é a charmosa e importante fortaleza de Wawel, guardiã da memória polonesa. O complexo inclui o Palácio real, cinco museus e a brilhante Catedral de Wawel, testemunha das coroações e dos funerais mais importantes — não à toa, abriga túmulos de reis e de santos, além de tapetes, vitrais e quadros do século 16. Da Torre dos Ladrões, parte do conjunto, tem-se um visual inesquecível ornamentado pelas cúpulas da catedral. 
A tradição cultural local está preservada também no Collegium Maius, o mais antigo prédio universitário da nação, que ocupa uma estrutura gótica do século 15. Além de ver o espetacular pátio da universidade, você pode participar das visitas guiadas, que revelam relíquias como instrumentos e manuscritos do então estudante Nicolau Copérnico (1473-1543), astrônomo polonês que mais tarde ficaria famoso por defender a teoria de que a Terra gira em torno do sol. 

Nos rastros do passado

Cracóvia, contudo, não tem só esse lado reluzente. O bairro judaico Kazimierz, por exemplo, foi palco da perseguição aos judeus desde o século 15. Nessa época, tal comunidade foi expulsa de Cracóvia e se estabeleceu em Kazimierz, então uma cidade independente. Já durante o nazismo, a região tornou-se gueto (áreas cercadas onde, em condições sub-humanas, os judeus eram obrigados a morar), até ser devastada durante a Segunda Guerra. 
Hoje, o bairro ainda mantém os resquícios do muro que cercava o gueto e algumas sinagogas, como a Sinagoga Velha, do século 15, mas superou o passado de discórdia e agora é reduto alternativo, cheio de cafés, bares, galerias de arte e restaurantes — considere o Ester, que serve boa comida judaica.
É por ali também que você deve fazer outro pit stop indispensável: a antiga fábrica de Oskar Schindler, industrial que teria salvo 1.2000 judeus do envio aos campos de concentração ao empregá-los em sua linha de produção. O lugar, imortalizado pelo filme A Lista de Schindler, é agora um interessante museu que mostra as atrocidades do nazismos em Cracóvia, recriando ambientes como o apartamento lotado de um gueto.

É impressionante, sim, mas nenhum ponto é tão chocante quanto os campos de extermínio, que podem ser vistos in loco. O mais famoso é Auschwitz-Birkenau, a 40 Km de Cracóvia. Perderam a vida ali 1,5 milhão de judeus, de 27 nacionalidades. Na entrada, a placa com os dizeres arbeit macht frei (o trabalho liberta) impera sombriamente sobre o portão. Em exposição estão montanhas de cabelos, sapatos, roupas e malas ainda com os nomes das vítimas. 
Você ficará com um nó na garganta, é fato, por isso pode ser uma boa combinar o tour por Auschwitz com uma atração mais amena, como a mina de sal de Wieliczka, a 14 Km de Cracóvia. Hoje desativado (ela funcionou por cerca de 800 anos, até 1997), o local, a 64 metros de profundidade, apresenta salões  corredores com esculturas de sal feitas pelos mineiros, que homenageiam santos, reis e até gnomo — e oferece um ar puríssimo para você espairecer. Tanto é que uma área reservada da mina recebe pessoas com problemas respiratórios. 

Varsóvia — Mix muito bacana entre cenário medieval, prédios modernos e cultura

A exemplo de qualquer grande metrópole, a inquieta capital Varsóvia, de 1,7 milhão de habitantes, é pontuada por shoppings e uma porção de museus e prédios modernos. Mas, como uma boa cidade europeia, a urbe não decepciona visitantes à “caça” de cenários à moda antiga, concentrados na Cidade Velha, a qual é recheada de castelos, igrejas e parques. 
Lá, sobressai-se a Praça do castelo, reconstruída de forma tão perfeita depois da Segunda Guerra que ostenta jeito de cidade cenográfica. Tombada como Patrimônio da Unesco, é rodeada por casinhas de estilo medieval, hoje bem coloridas, que abrigam bares, restaurantes, galerias e lojas de suvenires. E é nesse quadrilátero que está o Belo castelo real. Nessa construção barroca do século 13, os cômodos mais impressionantes são a sala do trono e os apartamentos do rei (quartos onde viviam os principais membros da realeza). Tudo, no entanto, uma cópia exata da versão original explodida pelos alemães na guerra. 
Ao passear pela cidade, você notará que praticamente todos os edifícios históricos exibem uma placa com fotos em preto e branco de como eram antigamente. As imagens dão uma ideia de quão primoroso foi o resultado da reconstrução, visto que praticamente toda a capital ficou em pedaços. Depois da Insurreição de Varsóvia em 1944 — luta armada contra os nazistas que durou 63 dias, até a rendição aos alemães—, Hitler ordenou que a bela cidade fosse reduzida ás cinzas. Literalmente. Ao fim do conflito, só 15% da capital estava de pé, e bem capenga. Cogitou-se até nomear outra cidade como capital. Mas ela se reergueu. E, hoje, crianças saltitam pela praça do centro velho em torno da estátua de uma sereia, turistas circulam pelas muralhas que cercavam a cidade medieval e artistas vendem pinturas e balões pelas ruas. 
Esses fatos que hoje passam despercebidos a olho nu são bem compreendidos no Museu da Insurreição de Varsóvia, nos arredores do antigo gueto, que mostra, por meio de fotos, documentos e relatos, a completa dominação da cidade pelos nazistas. No primeiro andar, destaca-se um avião usado para jogar alimentos aos revoltosos, e no segundo piso, é a rotina espartana dos guetos que assusta. É como estar no filme O Pianista, de Polanski, sobrevivente do Holocausto. Esse tenso momento da história é lembrado em outros pontos, como o monumento que homenageia os bravos participante da Insurreição de Varsóvia e o Museu dos Judeus Poloneses aberto em 2013 e que se exibe com uma arquitetura superarrojada.

Varsóvia Despojada 

O lado mais cool da capital polonesa esta no bairro Praga, e para chegar a ele, basta cruzar uma ponte que sai do centro histórico. Por lá, as obras de reconstrução pós-comunismo ainda não deram as caras, o que confere ao pedaço um aspecto duro. Ainda assim, esse é “o” lugar para estar. Tomada pelos estudantes e artistas — e pelas baladas e barzinhos descolados e diferentes —, a região tem vida intensa. E, como o baixo preço dos aluguéis, é fácil também encontrar ateliês, mercados de pulgas e festas improvisadas. 
Há quem compare o fervilhar do Praga com o antigo clima do Harlem, em Nova York. Pobre, mas sempre sexy. Em meio a essa efervescência e à vibe notívaga, contraditoriamente estão marcas da forte religiosidade católica polonesa. Oratórios com imagens kitsch e brilhantes de Nossa senhora são encontrados a cada quarteirão, e mesmo nos bares, caso do amalucado Absurdu. Se bem que, ali, um oratório provavelmente representa mais ironia do que religiosidade. 

Ares Culturais 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Vulcões no Sul da Itália

Umas das experiências imperdíveis na Sicília ou na região da Campânia é visitar, cara a cara, os famosos vulcões. Aqueles que parecem mesmo desenho animado, com uma cratera gigante para gente se dependurar e olhar lá para baixo. Gases sulfurosos, fumacinhas e até mesmo lavas brilhante fazem parte dos passeios, realizados por trilhas ou barcos. É só escolher o brutamontes certo. 

O Etna e suas 300 crateras

O monte Etna é a montanha mais alta da Itália ao sul dos alpes. Com 3.329 metros de altura, impõe uma presença marcante para quem perambula pelas ruas de Catania ou na praça principal de Taormina. Trata-se do maior vulcão em constante atividade da Europa. Erupções ocorrem com frequência, principalmente das quatro crateras principais e das rachaduras ao longo do grandalhão. A mais devastadora foi em 1669, quando um rio de lava destruiu 16 vilas e matou quase 16 mil pessoas. Enquanto turistas saçaricam entre as trilhas de pedras vulcânicas, 120 unidades de controle sísmico monitoram os humores do Deus do Fogo. Uma pequena fresta de onde as lavas fumegantes eclodiram, em 2001, ainda está aberta, embora bem menor que à época do pequeno incidente. Hoje, até umas pequenas flores ousam renascer ali do lado. E quem acha que o moço anda bem comportado, engana-se. Em 2007, uma nuvem de fumaça subiu 40 metros de altura, fechando o aeroporto de Catania. Melhor ter cuidado! Contrate um guia especializado em trilhas que possa explicar cada peculiaridade da montanha e explore as mais de 300 crateras (algumas triplas) espalhadas pela região. Além de chegar em locais mais inóspitos, um guia nos ajuda a fugir de tempestades típicas do verão, caminhando no sentido oposto de inesperadas nuvens carregadas e trovoadas. 

Vulcano e seu perfume de ovo podre


Esta ilha vulcânica pertence ao conjunto das sete ilhas eólicas, no mar Tirreno. Desembarcar por ali já é uma baita experiência só pelo cheiro esquisitão. Rochas amareladas e um aroma primoroso de enxofre, capaz de penetrar em qualquer narina, até mesmo nas mais entupidas. Os romanos achavam que a ilha era a chaminé da oficina do Deus Vulcão. Seja lá como for, o bacana é mesmo escalar até a cratera a 391 metros acima do mar. A caminhada leva cerca de uma hora. Enquanto o sol castiga (não há uma mísera sombrinha), a paisagem para o mar e ilhas deslumbra. Antes de começar a jornada, uma placa avisa sobre o real perigo de envenenamento para aqueles que se aproximam demais das fontes de emissões de gases. Não que seja lá muito possível, a fumaça amarelona fede mais que ovo podre. Leve um pregador de roupas para apreciar a imensidão da cratera sem sentir náuseas.

Stromboli e o cuspe de lavas 

Se você é daqueles que só acredita vendo, pois bem. O Stromboli também faz parte das ilha eólicas (é a mais nova delas) e é um vasto vulcão embaixo da água. A ponta que emerge do mar como uma pirâmide solta fumaças acinzentadas a cada vinte minutos. É um brutamontes permanentemente ativo. A última erupção, de 2007, abriu mais duas crateras no topo. Já as de 2002-2003 aumentaram o tamanho do buracão principal de 35 para 125 metros. Curioso é que apesar de mau- humorado, sua ira nunca destruiu a cidade em si. Desde o período neolítico, as vilas sempre saíram pela tangente. Ao chegar de barco, repare que um lado da montanha tem vegetação bem verdinha, enquanto o outro mais parece uma duna de areias negras. A base é uma praia deliciosa de pedras vulcânicas, tanto que se trata do programa favorito de verão dos estilistas Dolce e Gabbana, os quais adquiriram uma casinha de veraneio por aqui. Apesar do aspecto idílico, a vida por lá não é das mais fáceis. Toda comida só chega por ferry e não há estradas que atravessam a ilha. A Ginostra, vilazinha na costa ocidental com somente 36 casas, recebeu energia elétrica há poucos anos. Para escalar até o topo é obrigatório contratar um guia. Um passeio bastante popular é subir três horas de trilha para ver o por do sol lá de cima. Ao anoitecer espera-se até que a coisa estoure e jorre suas lavas. Outra opção bastante legal é esperar as erupções no mar a bordo de um barco. Enquanto o show não acontece, a galera vai de grapa no deck! E para os que já estão se imaginando jogando Sonic 1, fase 2, calma lá. Dá para ver as lavas explodirem, fiapos desenharem no céu e serem rapidamente encobertos por fumaça. Não é uma tempestade avassaladora. Caso contrário esta que vos fala não estaria postando.

Vesúvio e os sítios arqueológicos de Pompeia e Herculano

Se a ira do Stromboli sempre respeitou o espaço da sua própria cidade, o mesmo não se pode dizer do Vesúvio, na baía de Nápoles. Este aqui jogou mesmo as lavas no ventilador e botou pra quebrar com a erupção de 79, soterrando a cidade de Pompeia e Herculano com uma massa de gases, pedregulhos e fogo. Desde então já entrou em erupção mais de 30 vezes. A última foi em 1944. Nada que possa tirar a tranquilidade de quem o observa tranquilamente de Sorrento, de Nápoles ou voltando de barco de Capri. A grande moral deste cuspidor de fogo avassalador é que toda ira é auto destrutiva! O destempero de 79 não trucidou somente Pompeia, mas a própria cratera vesuviana, que de 3000 metros foi reduzida a 1281.

Peidorreiros subterrâneos 

sábado, 15 de agosto de 2015

Toscana: Degustar um Siepi

     Para tudo existe uma primeira vez na vida! Por exemplo quando embarquei, mesmo que por acidente, em uma classe executiva da Lufthansa. Foi uma experiência inusitada e diferente para quem só voa no aperto da Ryanair. Hoje será novamente um dia especial, a primeira vez que abrirei (e degustarei) uma garrafa do super toscano Siepi, do Castello di Fonterutoli, uma vinícola localizada a 5Km da charmosa cidade Castellina in Chianti, na província de Siena. 
     A garrafa foi adquirida durante uma degustação de vinhos na Toscana, organizada pela ARDB Brasil, mas está guardada a sete chaves esperando o melhor momento para ser aberta. E hoje não faltam motivos. Meu pai comemoraria este sábado 58 anos, não fosse as surpresas da vida. Além disso, busquei esta semana o último documento do processo para tirar a cidadania italiana — o RG ou a Carta D´ Identita. O passaporte já havia saído, mas queria comemorar com tudo em mãos. Superstição minha. 

     Comemorar e brindar a um tio maluco que há trinta anos pesquisa a história da família, descobrindo até assassinatos entre os antepassados, passionais como o eram. A uma mãe que comprou a ideia desenfreada da filha e embarcou duas vezes para Itália em menos de três meses para dar entrada no processo, resmungando que nunca gastou tanto dinheiro para guardar a relíquia na gaveta! (Ela até sabe que será útil no futuro, mas não quer dar o braço a torcer!). Ao meu pai que me ensinou que qualquer sonho é sonho, mesmo os mais estrambólicos. A equipe de profissionais no Brasil e na Itália que agilizou o processo em consulados e comunes aguentando pacientemente minha ansiedade, perguntando se tudo realmente sairia como planejado. 
        De volta ao vinho que me espera! O castelo de Fonterutoli pertence à família Mazzei desde 1435 e possui uma vinícola dividida em cinco diferentes áreas — Fonterutoli, Siepi, Badiola, Belvedere e Caggio. Além da osteria Fonterutoli, que conta com o talento de um chef lindíssimo (foto acima), a casa ainda oferece diversas degustações. Foi nesta ocasião que pela primeiríssima vez aproveitei os míseros 100 ml da minha taça de Siepi, safra 2011. Notas de chocolate amargo, forte e um retrogosto duradouro e contínuo. Nosso sommelier então descreveu as características da bebida: 50% da tradicional Sangiovese (produzida na região de Chianti) e 50% Merlot, envelhecido dezoito meses em um barril francês de carvalho, e engarrafado em junho de 2103. Poderia ali ficar por 20 anos, mas não terei paciência para tanto! Segundo a Gambero Rosso, uma espécie de Vejinha italiana, trata-se de “um dos 50 vinhos que mudou o estilo dos vinhos italianos”. 

      Para acompanhar, um menu surpresa de três pratos preparado pelo maridão que acaba de me expulsar da cozinha! 
        Salute!
A atualização do jantar que acompanhou o bendito Siepi, com making of e tudo!